Morte de David Lynch está ligada aos incêndios em Los Angeles, diz site
O mundo foi pego de surpresa nesta quinta-feira (16) com a notícia da morte de David Lynch, mestre do cinema surrealista.
Seu falecimento ocorre apenas uma semana após o início dos devastadores incêndios em Los Angeles, que já levaram 25 vidas, destruíram mais de 12 mil imóveis e forçaram 180 mil pessoas a deixarem suas casas. Segundo o site Deadline, tragédia e fatalidade andaram de mãos dadas nesse caso.
Enfisema agravado pelos incêndios
Lynch, que sofria de enfisema pulmonar – uma doença cruel que rouba a respiração e consome os pulmões –, já vinha evitando sair de casa há tempos. No ano passado, ele chegou a comentar em entrevista à Sight & Sound sobre sua reclusão, motivada pelas limitações impostas pela saúde frágil.
Na semana passada, no entanto, o fogo intenso que cercou Laurel Canyon, onde morava, obrigou o cineasta a evacuar às pressas. O estresse da situação e a má qualidade do ar agravaram seu estado crítico.
Dependente de oxigênio para se locomover, Lynch não resistiu à combinação implacável da doença e do ambiente hostil.
Incêndios e devastação em Los Angeles
Enquanto as chamas continuam a devorar o sul da Califórnia, o impacto é sentido muito além do terreno queimado. Os números são assustadores: US$ 275 bilhões em danos econômicos, segundo a AccuWeather, no maior desastre desde o terremoto de Northridge, em 1994.
David Lynch, com sua arte peculiar e visão única, nos ensinou a enxergar além da realidade. Agora, sua despedida nos lembra da fragilidade humana diante da força incontrolável da natureza. Uma perda para o cinema. Uma perda para o mundo.